Uma Nova Era no Centro do Rio
Já pensou em viver em um dos edifícios mais encantadores do Centro do Rio, com vizinhança composta por ícones da arquitetura carioca, como o Theatro Municipal, Museu de Belas Artes e a Biblioteca Nacional? E que tal descer e encontrar um dos bares mais tradicionais do Rio, onde você pode saborear um chopp gelado ou as clássicas empadinhas? Tudo isso está a poucos passos do maior estacionamento subterrâneo do Centro, do Metrô e do VLT. Para os investidores e amantes da área central, a boa notícia é que em breve um novo empreendimento residencial será lançado na Cinelândia — o primeiro na região a seguir as diretrizes do Reviver Centro.
[O charmoso Edifício Glória, que atualmente abriga a Caixa Econômica Federal e está localizado em frente à Praça Floriano, será transformado em um residencial após sua aquisição pela Brookfield (a mesma compradora do Edifício A Noite)](https://diariodorio.com/edificio-historico-da-cinelandia-tambem-foi-aposta-da-brookfield-e-sera-convertido-em-residencial/). A incorporadora, de capital canadense e sede na Barra da Tijuca, continua apostando no Centro do Rio. O DIÁRIO DO RIO teve uma conversa exclusiva com o arquiteto responsável pelo projeto. A AC Arquitetura lidera cerca de 9 projetos na Região Central, todos focados em retrofit, incluindo o Glória. As obras já começaram, após a aprovação da Prefeitura do Rio. Serão 119 apartamentos, destinados ao aluguel, num conceito inovador no Brasil. Será um edifício “multifamily”, com diversas programações e instalações voltadas para os moradores, incentivando eventos e interação entre os condôminos. Este será o primeiro prédio no país a adotar esse modelo, que tem gerado excelentes retornos para investidores globalmente.
[Área verde do ‘Buraco do Lume’ vai virar paredão: novo espigão gera polêmica](https://diariodorio.com/area-verde-do-buraco-do-lume-vai-virar-paredao-novo-espigao-gera-polemica/)
No topo do edifício de estilo neoclássico, uma área de lazer será o destaque do empreendimento. O rooftop oferecerá uma vista privilegiada de toda a Cinelândia, Pão de Açúcar e a área do Aterro, com um deck e até uma cafeteria. A proximidade com o Cine Odeon é outro atrativo. Especialistas afirmam que prédios antigos com fachadas históricas adicionam um charme extra a novos empreendimentos residenciais.
Transformação no Centro do Rio
O edifício, que completará 100 anos em 2025, tem seus andares desocupados há quase uma década. Com 10 pavimentos e mais de 7.000 m² de área útil, foi por muitos anos sede do departamento jurídico da Caixa Econômica Federal, que manterá uma agência no térreo. A transformação faz parte da estratégia da construtora de investir no Centro do Rio, que tem recebido crescente atenção com projetos voltados à revitalização e ocupação de espaços urbanos. “_Muitos edifícios de um único dono começaram a ser convertidos para residenciais nos últimos meses, por meio de projetos de retrofit_”, afirma Cláudio André de Castro, Presidente do Conselho de Renovação do Centro do Rio da ACRJ e provedor da histórica Irmandade dos Mercadores, fundada em 1747. Castro explica que há dificuldades em converter edifícios com múltiplos proprietários, devido a interesses divergentes e aos custos de conversão. Vender várias unidades de diferentes donos simultaneamente também é problemático: “_cada um quer um preço distinto, e alguns trabalham no prédio, o que complica_”, lamenta.
Segundo Henock de Almeida, arquiteto responsável pelo projeto, a reforma será feita com cuidado para preservar a fachada histórica e as características originais do edifício, tombado pelo município desde 1987. A AC Arquitetura, que já lidera outros 9 projetos de retrofit na região, também deu um “spoiler” do novo empreendimento a ser lançado na Rua Senador Pompeu, próximo à Central do Brasil – um projeto Minha Casa Minha Vida. O arquiteto expressou entusiasmo em continuar com lançamentos na região, afirmando ser um apaixonado pelo Centro. “_O fato de trazer moradia para o Centro transformará o bairro. Isso mudará completamente como as pessoas se relacionam, trazendo novos tipos de comércio específicos para esse tipo de uso. Logo, teremos mercadinhos, lojas de conveniência e muitos outros tipos de comércio que hoje não existem na região. Estamos muito entusiasmados em colaborar com essa transformação do Centro._”
Para Lucy Dobbin, da Sérgio Castro Imóveis, o empreendimento será um sucesso. A empresa foi responsável por intermediar a venda do SAL, edifício na rua Sacadura Cabral 103, que abrigou a CEDAE, o INEA e os Diários Associados: o prédio comercial de 9.000m2 foi vendido a uma construtora que, no lançamento, vendeu quase todas as unidades em poucas horas. “_Estamos agora finalizando a venda de outro edifício que será convertido em residencial, nas proximidades da rua do Acre. A procura dos empreendedores pelo Centro tem crescido à medida que os valores do metro quadrado para o consumidor final aumentam. Um novo grande lançamento ocorrerá em um terreno de quase 20.000m2 vendido por nós na região portuária. O Centro com ocupação mista é uma realidade_”.