Operação de Segurança no Complexo de Israel
Na zona norte do Rio de Janeiro, o Complexo de Israel foi cenário de uma ação emergencial das forças de segurança nesta quarta-feira (12). De acordo com o secretário de Segurança do estado, Victor Santos, a intervenção foi crucial para prevenir um “banho de sangue” entre facções criminosas.
Entrevista Coletiva
Durante uma coletiva de imprensa, Santos explicou que a inteligência da Polícia Civil e da Polícia Militar detectou movimentações do Terceiro Comando Puro (TCP). O grupo planejava invadir a comunidade do Quitungo, sob domínio do Comando Vermelho.
Com a resistência, confirmamos informações de que certamente lideranças do TCP estariam naquela localidade com o objetivo de invadir o Quitungo, explicou o secretário.
Confronto e Fechamento de Vias
Durante a operação, criminosos incendiaram barricadas e ordenaram o fechamento de vias importantes, incluindo a Avenida Brasil. Quatro pessoas foram baleadas e um helicóptero da PM teve que realizar um pouso forçado após ser atingido por tiros.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, ressaltou que a ação foi essencial para prevenir mortes de moradores. Achamos por bem fazer uma intervenção em Parada de Lucas para impedir uma invasão daquela comunidade (Quitungo). O objetivo da operação de hoje foi cumprido, que era o de salvar vidas, afirmou.
Segundo Curi, havia um risco iminente de execução de moradores pelo TCP. O modus operandi da facção é de matar essas pessoas e sumir com os corpos.
Reação do Crime Organizado
O comandante da Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes, destacou que os ataques nas vias públicas foram uma estratégia para desviar a atenção da operação. A ação buscou efetivamente trazer resultados, e a resistência feita demonstrou que a gente estava no caminho certo.
A operação também resultou na ocupação da Cidade Alta para permitir a remoção de um blindado da Polícia Civil que sofreu pane mecânica.
Alvo Principal Ainda Foragido
O objetivo principal da operação era capturar o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, líder do TCP e um dos fundadores do Complexo de Israel. No entanto, ele não foi localizado.
Peixão enfrenta acusações de diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, homicídio, tortura e ocultação de cadáver. Além de seu envolvimento no tráfico, ele é conhecido por impor restrições religiosas nas comunidades sob seu controle, chegando a fechar uma igreja católica na área.
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