Post nas Redes Sociais sobre Carne de Jumento é Desmentido
Recentemente, um post nas redes sociais trouxe à tona um tema antigo sobre a utilização de carne de jumento em presídios, acusando, de forma infundada, o governo federal atual de envolvimento. Segundo a Agência Lupa, a postagem inclui um vídeo alegando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria trocando a carne de picanha pela de jumento em presídios do Rio Grande do Norte. Esta informação foi desmentida pela agência de checagem.
Origem da Narrativa
De acordo com a Lupa, a origem dessa narrativa remonta a 2014, quando o tema foi abordado por veículos de comunicação como Band, TV Cultura, Uol, g1 e Veja. Naquela época, o promotor de Apodi (RN), Sílvio Brito, sugeriu o uso de carne de jumento em presídios locais. A proposta surgiu durante o governo de Rosalba Ciarlini (DEM) e não está relacionada à gestão de Lula.
Esclarecimentos sobre a Proposta
Além disso, não há qualquer indício ou registro de que o governo sob a liderança de Lula tenha implementado ou planeje implementar um programa de abate de jumentos para consumo humano no Brasil. O histórico da proposta envolve um almoço experimental realizado em 14 de março de 2014, organizado por Sílvio Brito para degustação da carne. A iniciativa visava resolver o problema de diversos jumentos apreendidos nas rodovias do estado, que estavam causando acidentes. Na ocasião, mais de 600 jumentos estavam confinados em uma fazenda.
Reações e Oposição
No entanto, a proposta encontrou forte resistência, resultando em um abaixo-assinado que reuniu mais de 82 mil assinaturas contrárias ao projeto, além de mobilizações em plataformas digitais, como a criação de uma página no Facebook dedicada a manifestantes contrários à medida. O tema foi debatido na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados em julho de 2014.
A Lupa entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Rio Grande do Norte, mas a questão sobre a real aplicação do abate dos jumentos para consumo continua sem resposta.