Líderes houthis, incluindo perito em mísseis, são eliminados pelos EUA em ataques no Iêmen

Estados Unidos Intensificam Campanha Militar Contra Houthis no Iêmen

Uma operação militar dos Estados Unidos no Iêmen, iniciada há pouco mais de uma semana, resultou na eliminação dos principais líderes houthis, incluindo o especialista em mísseis do grupo. Esta ação foi confirmada no domingo pelo assessor de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz.

Até o momento, o Exército americano divulgou poucos detalhes sobre as operações, que começaram após as ameaças dos houthis de retomar ataques contra o transporte marítimo no Mar Vermelho, em resposta à guerra em Gaza.

“Atacamos seu quartel-general, atacamos nós de comunicações, fábricas de armas e até algumas de suas instalações de produção de drones”, afirmou Waltz à CBS News.

Waltz não identificou o especialista em mísseis morto nem forneceu detalhes sobre os outros líderes eliminados.

Os rebeldes houthis atacaram mais de 100 navios mercantes com mísseis e drones, resultando no afundamento de dois navios e na morte de quatro marinheiros, entre novembro de 2023 e janeiro deste ano. Seus líderes descreveram os ataques como uma tentativa de pôr fim à guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza. A campanha também aumentou significativamente a visibilidade dos houthis no mundo árabe e reduziu as críticas públicas sobre seus abusos de direitos humanos.

Donald Trump, em sua plataforma de mídia social Truth Social, declarou que sua administração perseguiu os houthis por sua “implacável campanha de pirataria, violência e terrorismo”. Ele destacou as perturbações causadas pelos ataques houthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, vias cruciais para o transporte de energia e carga entre a Ásia e a Europa através do Canal de Suez.

“Usaremos força letal esmagadora até alcançarmos nosso objetivo”, afirmou o presidente dos Estados Unidos.

Sob a direção do ex-presidente Joe Biden, os Estados Unidos e o Reino Unido iniciaram uma série de ataques aéreos contra os houthis a partir de janeiro de 2024. Um relatório de dezembro do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos afirmou que os Estados Unidos e seus parceiros realizaram mais de 260 ataques até aquele momento.

Oficiais militares americanos reconheceram possuir uma lista mais ampla de alvos para possíveis ataques. Embora o governo Biden não tenha detalhado seus objetivos, analistas acreditam que a intenção principal era evitar vítimas civis e não reacender a guerra estagnada no Iêmen, que coloca houthis e seus aliados contra o governo no exílio e seus aliados locais e internacionais, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Apesar disso, o governo Trump parece determinado a perseguir mais alvos, conforme comentários públicos feitos por oficiais.

“Estamos fazendo um favor ao mundo inteiro ao nos livrarmos desses caras e de sua capacidade de atacar o transporte marítimo mundial”, declarou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, no programa “Face The Nation” da CBS News.

“Essa é a missão aqui, e continuará até que seja cumprida”, acrescentou Rubio.

“Algumas das pessoas-chave envolvidas nesses lançamentos de mísseis não estão mais conosco, e posso dizer que algumas das instalações que usavam não existem mais, e isso continuará assim”.

Israel também lançou ataques aéreos contra locais controlados pelos houthis, incluindo a cidade portuária de Hodeida, em resposta aos ataques de mísseis e drones dos rebeldes.

(Com informações da Reuters e AP)

Fonte: https://gazetabrasil.com.br/ultimas-noticias/2025/03/23/eua-eliminam-varios-lideres-houthis-em-ataques-no-iemen-incluindo-especialista-em-misseis/