Prisão de Policial Militar Envolvido em Execução de Delator do PCC
Neste sábado, 18 de janeiro de 2025, a Polícia Civil prendeu um policial militar suspeito de atuar como motorista do veículo utilizado pelos atiradores na execução de Vinícius Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital). O crime ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro de 2024. Até o momento, 16 policiais militares foram detidos em relação ao caso.
Detalhes da Prisão
O policial detido é o primeiro tenente Fernando Genauro da Silva, preso em Osasco, local onde reside. Após a prisão, Fernando foi conduzido à sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento e formalizar sua prisão. Posteriormente, ele será encaminhado ao Presídio Romão Gomes da Polícia Militar.
Na última quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, a Corregedoria da Polícia Militar prendeu outros 15 policiais militares. Entre os detidos, 14 estavam envolvidos na escolta ilegal da vítima, e um deles é apontado como o autor dos disparos que vitimaram o delator.
Envolvimento com o Tráfico de Drogas
Além disso, no mesmo dia, o DHPP prendeu a namorada do suspeito identificado como o “olheiro”, responsável por facilitar a execução de Gritzbach. Ela é acusada de envolvimento com o tráfico de drogas.
Execução Encomendada pelo PCC
O assassinato de Vinícius Gritzbach foi orquestrado por membros da organização criminosa PCC e executado com disparos de fuzis. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), militares, tanto da ativa quanto da reserva, juntamente com ex-integrantes da instituição, favoreciam integrantes do PCC, evitando prisões e prejuízos financeiros. Entre os beneficiados estavam líderes da facção e pessoas procuradas pela Justiça. Os policiais também ofereciam segurança para criminosos, incluindo Gritzbach, que contava com a proteção desses policiais no dia de sua morte.
Gritzbach era acusado de participação em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção. Em sua delação premiada firmada com o Ministério Público, ele revelou nomes de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.