Investigação sobre o Uso de Drones por Criminosos na Serrinha
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está conduzindo uma investigação detalhada sobre o uso de drones por criminosos na comunidade da Serrinha, localizada em Madureira, Zona Norte. O objetivo é monitorar operações policiais na região. Essa investigação intensificou-se após a divulgação de um vídeo nas redes sociais, que mostra traficantes do local observando a movimentação das forças de segurança durante uma operação ocorrida na última quinta-feira (8).
No vídeo divulgado, é possível ver um traficante observando a chegada de um destacamento do 9° Batalhão da Polícia Militar. Além disso, as informações sobre a ação policial são disseminadas por meio de rádios de comunicação, conhecidos como “olheiros”. Essa operação resultou na apreensão de drogas e um fuzil, mas sem registros de prisões.
Traficantes e Conflitos Territoriais
Conforme as investigações, os traficantes da Serrinha agem sob o comando do criminoso conhecido como “Coelhão”, que é braço direito de Lacoste, um dos traficantes mais procurados no Rio de Janeiro. Recentemente, a comunidade tem se envolvido em conflitos territoriais com facções rivais nos Morros do Urubu, em Pilares, e São João, em Sampaio.
Nessa operação, os criminosos utilizaram drones para monitorar os movimentos da polícia. Simultaneamente, informantes, por meio de rádios, alertavam a quadrilha sobre a localização dos blindados. A tecnologia está se tornando uma ferramenta cada vez mais comum entre grupos criminosos, visando garantir monitoramento e segurança em suas operações.
Atos de Violência e Uso de Drones
A investigação também revelou que, sob o comando de “Coelhão”, o grupo criminoso tem se envolvido em atos de violência, incluindo a tortura de mulheres que supostamente desagradam a facção. Essas mulheres teriam sido forçadas a cortar os cabelos e a usar tampinhas de garrafa coladas na cabeça.
O uso de drones por traficantes no Rio de Janeiro não é um fenômeno novo. Em agosto do ano passado, a Polícia Civil iniciou investigações sobre a utilização desses equipamentos por facções criminosas no Complexo de Israel e no Quitungo, também na Zona Norte. Há suspeitas de que os drones estejam sendo usados para lançar explosivos.