Davi Alcolumbre é Eleito Presidente do Senado
O amapaense Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com 47 anos, foi eleito neste sábado, 1º de fevereiro de 2024, para presidir o Senado pelos próximos dois anos. Ele obteve 73 votos, 31 a mais do que na sua primeira eleição para liderar a Casa, em 2019, quando recebeu 42 votos.
Os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE) obtiveram 4 votos cada. Alcolumbre é o terceiro presidente mais votado da história do Senado desde 1985. Os mais votados são José Sarney (MDB) e Mauro Benevides (MDB), que receberam 76 votos em suas eleições.
Antes do resultado, os senadores comemoraram o anúncio de que havia 81 votos na urna. Em 2019, quando Alcolumbre foi eleito pela primeira vez, havia 82 votos na urna e a votação precisou ser refeita.
Quem é Davi Alcolumbre
Alcolumbre inicia seu terceiro mandato como presidente do Senado. Anteriormente, ocupou o cargo de 2019 a 2021.
Ele comandará a Casa por mais dois anos. Desde o início, Alcolumbre foi o favorito e não encontrou resistência significativa. Sem adversários a altura, ele conseguiu apoios do PDT, PSB e PP, selando seu destino com o apoio do PT, PL e PSD, que é a maior bancada da Casa.
Atraindo as maiores bancadas da Casa para sua órbita, ele esvaziou as candidaturas adversárias e consolidou um cenário que deve permanecer inalterado.
O senador já ocupou o posto de 2019 a 2021 e atualmente chefia a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Ele conta com o apoio do governo Lula, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do atual presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Desafios no Senado
Assim como em 2019, a prioridade será projetos da pauta econômica, com o governo ensaiando medidas de alívio aos cofres públicos. Contudo, o teor será diferente desta vez.
Em 2019, a gestão Bolsonaro tinha como meta a aprovação da PEC da reforma da Previdência. As mudanças foram aprovadas pelo Senado em outubro daquele ano, representando uma vitória para a equipe econômica liderada por Paulo Guedes.
Meses depois, a pandemia estourou, e o governo Bolsonaro precisou ir na direção oposta, ampliando benefícios assistenciais, como o Auxílio Brasil.
Em 2025, Alcolumbre enfrentará projetos liderados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reduzir a máquina estatal, como o que limita os supersalários de funcionários públicos e o que afeta os militares.
Existem também temas que já foram superados ou perderam força, como o projeto para permitir a prisão após a condenação em segunda instância.
Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-congresso/alcolumbre-teve-73-votos-31-a-mais-que-em-2019/