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Aliados de Lula almejam mudança em 2026, afirmam cientistas políticos

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Presidente Lula Enfrenta Desafios Políticos com Olhar em 2026

Com a eleição de 2026 se aproximando, o presidente Lula (PT) ainda tem tempo para melhorar nas pesquisas. No entanto, sua base demonstra um desejo por renovação, conforme analisam cientistas políticos entrevistados pela CNN.

Uma pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira (14) mostrou que a aprovação do governo Lula caiu para 24%, a menor de seus três mandatos.

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Em outra pesquisa, do Ipec, divulgada no sábado (15), foram apontadas as razões para que 32% dos brasileiros que votaram em Lula em 2022 considerem que ele não deveria buscar um quarto mandato. De acordo com o doutor em Ciência Política pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Fábio Vasconcellos, os dois anos que separam essas pesquisas das eleições de 2026 ainda permitem que Lula reverta o cenário desfavorável.

Vasconcellos comenta: “Ainda temos um governo para ser realizado em dois anos […] e você não sabe quem serão os competidores em 2026 — e o eleitor, em toda eleição, faz um comparativo dos candidatos, dado o contexto”. Ele também é pós-doutorando do Representação e Legitimidade Democrática (ReDem), projeto de pesquisa sediado na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Nova Pesquisa

Na pesquisa Ipec, os principais motivos apresentados pelos quase 1/3 de eleitores de Lula em 2022 que não desejam vê-lo nas urnas em 2026 foram:

O cientista político Jorge R. Mizael, sócio-diretor da consultoria Metapolítica, afirma: “A pesquisa (Ipec) sugere que há um espaço crescente para a apresentação de novas lideranças, seja dentro do PT ou em partidos aliados”. Mizael, que também é doutorando em Ciência Política no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), acredita que Lula não pode ignorar o desejo de renovação emergente em sua base e precisa decidir como se posicionará em 2026.

“Ao adiar uma decisão clara, ele pode alimentar a incerteza dentro de sua coalizão e dificultar a construção de uma alternativa viável, caso decida não concorrer”, acrescenta.

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Declaração

Na mais recente declaração sobre 2026, Lula enfatizou sua saúde como prioridade. No ano passado, o petista sofreu uma queda no banheiro e precisou realizar uma cirurgia. Lula afirmou à Rádio Clube do Pará: “Se eu tiver com 100% da saúde e a energia que eu tenho hoje, [eu me candidato], inclusive, de cabeça limpa; porque caí [com] um tombo, machuquei e fiz um tratamento, limpei minha cabeça e tirei tudo que era bobagem que tinha na cabeça: só ficou coisa boa agora e pensamentos positivos”.

Ele completou: “Se eu estiver legal e achar que posso ser candidato, posso ser candidato. Mas, não é a minha prioridade agora: quero governar 2025”.

Sucessão

Quando estava preso em 2018 e não pôde disputar a eleição, Lula apontou o então ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para a Presidência pelo PT. Atualmente, Haddad é visto pelo meio político como favorito para suceder Lula, seja em 2026 ou 2030. Ele ocupa o cargo de Ministro da Fazenda, área que enfrenta desafios em relação à opinião pública.

Vasconcellos pondera: “Não adianta você lançar um candidato que é ministro da economia com a economia em frangalhos. Esse projeto estaria completamente falido”, mas ainda vê Haddad como favorito para a sucessão governista.

Aliados de Lula disseram à CNN que o petista deve adotar o “modo eleição” e apresentar medidas em relação ao consumo e à renda. Uma proposta inicial seria isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, prevista para ser enviada ao Congresso após o Carnaval.

“Lula III é um mandato que ainda não deixou uma marca e que nasceu sob a égide do risco democrático — mas esse apelo já não tem mais a mesma força”, avaliou o cientista político Rafael Cortez, professor do Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

Mizael argumenta que o governo Lula ainda tem um “fator de vantagem” para reverter a situação e obter sucesso nas urnas em 2026. “Se houver uma melhora perceptível nos indicadores de inflação, crescimento e emprego, ele (Haddad) pode recuperar força como sucessor. Caso contrário, novos nomes tendem a ganhar espaço”, afirma Jorge Mizael.

“O tempo ainda joga a seu favor, mas a margem é estreita”, acrescenta.

Comparação

O então presidente Jair Bolsonaro (PL), em pesquisas Datafolha em setembro e dezembro de 2021, teve 22% de aprovação e 53% de reprovação, pior que o atual de Lula e mais próximo da eleição. No entanto, a popularidade de Bolsonaro aumentou em 2022 com ampliações de benefícios sociais, chegando a 31% de aprovação na véspera do primeiro turno. Apesar de derrotado por Lula no segundo turno, a diferença foi mínima: 51% a 49%.

Vasconcellos afirma: “O próprio governo — e Haddad — vão reagir a estes indicadores”, referindo-se tanto aos números da economia quanto das pesquisas. “O quanto essa reação vai gerar resultados positivos? Essa é a interrogação”, conclui.

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* Com informações de Julliana Lopes, da CNN, em São Paulo

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/lula-2026-ipec-datafolha-avaliacao-cientistas-politicos/

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