Homem Procurado pela Justiça é Preso Durante Concurso da Polícia Civil
Cristiano Rodrigo da Silva, de 40 anos, foi detido nesta segunda-feira (10) enquanto participava do exame oral do concurso para investigador da Polícia Civil de São Paulo. Ele estava sendo procurado pela Justiça há 17 anos, acusado dos crimes de homicídio, roubo e falsidade ideológica. Sua captura ocorreu após ele ter se passado por policial para cometer um assassinato.
Captura na Academia da Polícia Civil
Conforme registrado no boletim de ocorrência, a prisão foi fruto de um trabalho de inteligência da própria Polícia Civil, que identificou um mandado de prisão ativo contra o candidato. A detenção ocorreu na Academia da Polícia Civil, situada no Butantã, na Zona Oeste da capital paulista, logo após a chegada de Cristiano para realizar a prova.
Histórico Criminal de Cristiano
O mandado de prisão contra Cristiano foi emitido em 2007, em decorrência de um homicídio ocorrido em 2006, na Zona Leste de São Paulo. Ele é acusado de assassinar um funcionário de uma pizzaria, utilizando uma falsa viatura da Polícia Civil para enganar a vítima e perpetrar o crime. O cúmplice, Ricardo Fabiano da Silva Coutinho, já foi preso e condenado. A vítima foi algemada e levada até Mairiporã, onde foi executada com um tiro na cabeça. O veículo da vítima foi roubado e posteriormente encontrado incendiado em Guarulhos.
Detalhes da Investigação
As investigações revelam que Cristiano e Ricardo se apresentaram na pizzaria como policiais do 46º Distrito Policial de Perus, usando um Gol com as cores das viaturas da Polícia Civil da época. A falsa viatura foi encontrada mais tarde em um estacionamento alugado por Ricardo Fabiano.
Participação no Concurso
Durante o concurso da Polícia Civil, Cristiano avançou na prova escrita e também na fase de comprovação de idoneidade e conduta, a qual inclui a investigação social dos candidatos. A Polícia Civil informou que, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a investigação social não pode ser utilizada para excluir um candidato, salvo em caso de sentença condenatória transitada em julgado, o que não era o caso de Cristiano. Entretanto, a descoberta do mandado de prisão impediu que ele avançasse para a próxima fase, resultando em sua desclassificação.
