Aumento da Taxa de Juros: Consequência da Gestão Anterior, diz Haddad
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, declarou nesta quinta-feira (20) que a elevação da taxa básica de juros para 14,25% ao ano resulta da administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante o programa “Bom dia, ministro”, transmitido pela EBC, Haddad destacou que a gestão do Banco Central sob a liderança de Roberto Campos Neto “contratou” três aumentos significativos da Selic nos primeiros dois anos do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Penso que esse aumento estava contratado pela última reunião do Copom do ano passado. Ainda sob a presidência do antigo presidente do BC, nomeado pelo Bolsonaro, você ‘contratou’ três aumentos bastante pesados na Selic, na última reunião do ano passado”, declarou o ministro.
Haddad mencionou: “Você não pode na presidência do BC dar um cavalo de pau depois que assumiu, é uma coisa muito delicada. Novo presidente e diretores têm uma herança a administrar, assim como eu tinha uma herança a administrar depois de Paulo Guedes”.
O ministro completou: “Eu penso que a diretoria do Banco Central, os técnicos do Banco Central são pessoas muito respeitadas. É uma categoria muito qualificada, vão fazer o melhor para o país, vão buscar o melhor para o país, mas tem um trabalho para fazer […] E o Banco Central tem uma meta de inflação para cumprir também. São metas sempre exigentes, mas temos que buscar”.
Por fim, Haddad afirmou: “Eu acredito muito que a equipe do BC vai fazer o trabalho corretamente para trazer essa inflação [para patamares mais baixos]. E nós vamos fazer a nossa parte, que é administrar”.
