Acordo de Cessar-Fogo na Faixa de Gaza: Influência de Trump e Participação Internacional
O acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza foi atribuído pelo Hamas à eleição de Donald Trump (Partido Republicano) e à atuação de seu enviado especial ao Oriente Médio, Steve Witkoff. Importante mencionar que a negociação também envolveu representantes do governo de Joe Biden (Partido Democrata) e diplomatas do Egito e Qatar.
Declarações de Bassem Naim
Em entrevista ao jornal al-Arabiya nesta sexta-feira (17.jan.2025), Bassem Naim, líder do Hamas, declarou: “O acordo só foi possível devido à pressão do novo governo de Trump, especialmente por meio de seu enviado, que esteve aqui nos últimos dias”. Bassem criticou a administração Biden, acusando-a de atrasar as negociações devido ao seu “apoio irrestrito a Israel”.
Anúncio e Expectativas do Cessar-Fogo
O cessar-fogo, anunciado na quarta-feira (15.jan), foi aprovado nesta sexta-feira (17.jan) pelo Gabinete de Segurança de Israel, com previsão de entrar em vigor no domingo (19.jan). Espera-se que a primeira leva de reféns sob custódia do grupo extremista seja libertada, com a expectativa de que ao menos três reféns sejam soltos.
Créditos pelo Cessar-Fogo: Trump e Biden
Houve uma disputa entre Trump e Biden sobre quem deveria receber os créditos pelo cessar-fogo. Trump afirmou em sua rede social que o acordo só foi possível graças à sua vitória em novembro. Por outro lado, Biden destacou os meses de trabalho diplomático de sua equipe. Representantes de ambos os líderes estiveram presentes nas negociações.
Conversa entre Netanyahu e Líderes Americanos
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), agradeceu a Trump em uma conversa na quarta-feira (15.jan) pela ajuda norte-americana nos esforços para a libertação de reféns israelenses. Em um comunicado na rede social X, o gabinete do premiê informou que os líderes conversaram por telefone durante a noite.
Na conversa, Netanyahu afirmou estar “comprometido em devolver todos os reféns da maneira que puder” e elogiou as declarações de Trump sobre a parceria entre os dois países para “garantir que Gaza nunca seja um refúgio para o terrorismo”.
Netanyahu também conversou com Biden, agradecendo-o “por sua assistência em avançar no acordo dos reféns”.