Sequestro e Morte de Shlomo Mansur pelo Hamas
Shlomo Mansur, um israelense de 86 anos, foi sequestrado durante os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Recentemente, foi confirmada sua morte enquanto estava em cativeiro na Faixa de Gaza, conforme declarou o kibutz Kisufim, onde Mansur residia.
“Com tristeza, os membros do kibutz recebemos esta manhã a notícia do assassinato em cativeiro pelo Hamas de nosso querido amigo, Shlomo Mansur, 86 anos, que foi sequestrado em sua casa no kibutz Kisufim”, informou a comunidade em comunicado divulgado pela imprensa israelense.
Reações à Morte de Mansur
O primeiro-ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, manifestou seu pesar pela morte de Mansur e enviou suas condolências à família. Ele ressaltou que Mansur foi um “construtor do país e fundador do kibutz Kisufim”, além de ter sido sobrevivente do pogrom de Farhud contra os judeus de Bagdá, no Iraque.
“Compartilhamos o profundo luto de sua família. Não descansaremos nem guardaremos silêncio até trazê-lo de volta para seu enterro em Israel. Continuaremos agindo com determinação até recuperar todos os reféns, vivos ou mortos”, afirmou Netanyahu.
Problemas na Liberação de Reféns
Mansur fazia parte da lista dos 33 reféns que deveriam ser liberados na primeira etapa do cessar-fogo em Gaza, que ainda está em andamento. Contudo, o grupo terrorista Hamas reconheceu que oito dos sequestrados faleceram, sem revelar suas identidades.
“Este é um dos dias mais difíceis na história de nosso kibutz. Shlomo era muito mais do que um membro da comunidade”, afirmaram os moradores de Kisufim em seu comunicado, que não menciona como ou quando o refém morreu.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, confirmou que Mansur morreu no dia 7 de outubro, quando os terroristas invadiram seu kibutz. Seu corpo foi levado para Gaza, onde permanece retido.
“Continuaremos trabalhando por todos os meios para recuperar todos os sequestrados, tanto vivos quanto mortos. Este é nosso dever moral e nosso objetivo mais elevado”, declarou Katz em uma mensagem no X.
Reação das Famílias e Comunidade Internacional
O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, que representa muitos dos familiares dos sequestrados de 7 de outubro, lamentou a morte de Mansur, a quem descreveu como um “trabalhador dedicado”.
“Quando criança, (Mansur) sobreviveu ao pogrom de Farhud no Iraque e emigrou para Israel com sua família quando tinha 13 anos”, declarou o grupo.
Mansur deixa esposa, cinco irmãos, cinco filhos e doze netos.
Outros Reféns e a Situação Atual
Paralelamente, a tensão pela liberação dos reféns se intensifica. No início do dia, membros de outro kibutz próximo à fronteira com Gaza, o de Kfar Aza, confirmaram que os jovens Gali e Ziv Berman, gêmeos de 27 anos, estão vivos, ainda que seus nomes não apareçam na lista dos 33 liberados na primeira fase.
Em uma mensagem aos residentes do kibutz, a família dos Berman comunicou que sabe “em mãos de quem estão e o quanto suas vidas estão em perigo”, sem fornecer mais detalhes.
Enquanto isso, familiares dos reféns e ativistas bloquearam a principal rodovia que liga Jerusalém a Tel Aviv, exigindo que Netanyahu não comprometa o acordo de cessar-fogo e envie imediatamente uma delegação a Doha para negociar a segunda fase.
A incerteza cresce após o Hamas anunciar que vai interromper a sexta liberação de reféns, prevista para este sábado, até novo aviso, alegando repetidas “violações” do acordo por parte de Israel, como atrasar o retorno dos gazenses ao norte da Faixa ou impedir a entrada de ajuda suficiente para o enclave.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou Israel a terminar a trégua caso o Hamas não libere todos os reféns antes de sábado.
“Se não estiverem aqui, todo o inferno vai se soltar”, declarou Trump. “Cancelem isso, e tudo vale”, acrescentou, referindo-se ao cessar-fogo.