Acidentes em Rodovias Paulistas Causados por Resíduos
Em 2024, mais de 1.000 acidentes foram causados por objetos arremessados nas rodovias do estado de São Paulo, de acordo com o Centro de Controle de Informações da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).
Ao longo do ano, foram removidas mais de 240 toneladas de resíduos das margens das estradas paulistas. O levantamento realizado pela Artesp, em parceria com 15 concessionárias, revela que motoristas e moradores descartam de forma irregular materiais como papel, plástico, latas de alumínio, móveis velhos, restos de pneus e entulho de obras. Embalagens de alimentos e bebidas também foram encontradas.
Impacto no Setor Logístico
O problema tem despertado a atenção do setor logístico. Segundo José Ronaldo Marques da Silva, presidente do Sinaceg (Sindicato Nacional dos Cegonheiros), as estradas do Estado “têm sido transformadas em verdadeiros depósitos de lixo”.
“É uma realidade que impacta negativamente tanto os moradores das áreas rurais quanto aqueles que transitam pelas estradas, causando transtornos e riscos à saúde”, afirmou.
Além de provocar acidentes, o acúmulo de detritos pode bloquear o escoamento de águas pluviais, gerando inundações. O lixo nas rodovias também atrai animais em busca de alimentos, aumentando o risco de colisões com veículos.
Riscos de Incêndios e Penalidades
Outro perigo é o descarte de bitucas de cigarro, que podem iniciar incêndios, especialmente em períodos de seca. O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) prevê multa de R$ 130,16 e a perda de 4 pontos na carteira de motorista para aqueles flagrados jogando objetos ou substâncias na via pública.
Ao Poder360, a Artesp informou que a limpeza deve ser realizada diariamente, com a remoção de resíduos das margens, canteiros e sistemas de drenagem. Os objetos coletados são enviados para aterros sanitários, usinas de reciclagem ou programas de reutilização, conforme estipulado pelo Programa de Concessões Rodoviárias.
Plano de Gerenciamento de Resíduos
O presidente do Sinaceg destaca que a Política Nacional de Resíduos Sólidos, assim como a Resolução nº 307/2002 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), exigem que as empresas desenvolvam um Plano de Gerenciamento de Resíduos.
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